quarta-feira, 12 de abril de 2017

SIN

“Uma pessoa que ele deseja se lembrar, mas um passado que ele anseia esquecer.”

SIN é um jogo de aventura com elementos de terror feito no RPG Maker VX Ace lançado em 13 de novembro de 2016 por Square World, com duração de 1 a 2 horas e foi traduzido para inglês por HiragiHOUX. Nele, você controla Elm, um rapaz que perdeu suas memórias e agora precisa resolver enigmas de determinados locais junto de Oak, Phlox e Azalea se as quiser de volta. Possui dois finais, sendo 1 secreto.

◎ A N Á L I S E

SIN é um jogo leve e até rápido considerando seus puzzles leves. Sendo assim, foi uma decisão sábia seu gênero primário ser aventura, pois quem espera altas cenas que cause algum tipo de desconforto (algo básico no terror) talvez possa se decepcionar com o jogo. Ele de fato tem uma atmosfera obscura e uma história que justifique o terror, mas todos os elementos de jogabilidade que pudesse colaborar com isso acabam não sendo efetivos. Suas duas competências mais significativas, portanto, são estética e história.

Seu enredo é bem objetivo e direto: Realize os enigmas, colete os fragmentos, daí uma parte da história virá. Até que o último destino do trem que eles viajam leva direto ao ápice da narrativa e tudo é explicado. No meio, algumas interações que demonstram a personalidade de cada um de forma concisa. E embora o plot twist feche cada ponta do enredo, acho que por terem se permitido o gênero terror, muito mais poderia ser feito para que essa sensação passasse para o leitor.

Um exemplo é o perseguidor do jogo: Ele aparece apenas uma vez por destino, e é tão fácil escapar dele que você começa a se perguntar qual a necessidade dele. Bem, para quem faz o final secreto, ele faz. Entretanto, mesmo nesse final secreto (que aliás é recomendado fazer depois de terminar o jogo, já que este final vai te tratar com se tivesse feito o final verdadeiro antes), o evento em si foi tão... Confuso? É perdoável considerando ser o primeiro trabalho da equipe, mas espero que futuramente seja mais planejado as nuances que cativam o jogador.

Agora, a parte estética é bem mais satisfatória. Apenas vendo as ilustrações dos personagens você denota que tem um artista talentoso por trás. Seus mapas também apresentam uma consistência competente, contendo que é necessário para montar a atmosfera sombria. As pixel arts dos personagens é que decepcionam um pouco. Sua simplicidade de palheta destoa dos mapas montados em parallax, e mesmo o mais artístico deles (o Parque de Diversões) essa diferença ocorre. Mas mais uma vez, é esperar que no futuro resolvam isso.

Em resumo, para um primeiro jogo da equipe, ele apresenta conteúdo suficiente para ser considerado bom, mas talvez a ideia fosse melhor executada quando todos os membros tivessem experiência suficiente no assunto. Nada que um futuro update não resolva.

◎ P E R S O N A G E N S